Feliz Ano Novo | Happy New Year & all that shit…

O último ano foi uma trampa. é isso. não existe grande elaboração sobre o assunto. no geral, a coisa nem foi muito boa (trabalho, saúde, amor, etc), em particular… bem… nem vamos por aí, senão arrisco-me a ter vontade de bater com a cabeça nas paredes.

Acabei 2012 com um sentimento de angústia, de incerteza, e de mais uma vez, a plena noção da carga que a idade adulta nos traz. É esquisito, isto da idade adulta. Não estamos bem à espera, mas um dia olhamos, e…. epá! Estamos lá. Agora somos nós o adulto, a pessoa responsável, a pessoal do qual tudo depende. Bem… após breves momentos de hiperventilação perante a constatação do óbvio, o melhor mesmo é perceber que não vale a pena entrar em dramatismo. A vida é lixada. É. Mas também já o foi para os nossos pais, amigos e afins. Take it as it goes.

Ao longo dos últimos anos da minha vida (e sendo que este sempre foi um blog em que não expresso muito as minhas opiniões ou vivências pessoais, logo, este texto é simbolico de um momento de catarse e mudança), aprendi várias lições. Duras lições. Não são certezas, são constatações:

1 – Não controlas nada – Nem penses nisso. Teres controle sobre ti mesmo já será bastante bom.

2 – Aproveita enquanto podes – Não é fácil. Mas tentar aproveitar aquilo que a vida nos está a oferecer no momento é importante. Não faças planos. Não penses a longo prazo (isso não existe). A lição racional está assimilada, a práctica da mesma ainda é um “work in progress”.

3 – Vais surpreender-te – O ser humano consegue ser do mais execrável e mais generoso. Vivi momentos de generosidade e de mediocridade nos últimos tempos que não pensei que fossem possíveis.

4 – Aquela treta dos amigos ficam para sempre? É a sério. MESMO. Como todas as relações tem fases boas e más. Momentos mágicos e outros em que nós ou outros metemos mesmo a pata na poça. E como tudo o resto, o que se consegue (re) construir a partir disso, se for forte, é das coisas mais positivas que podemos ter.

5 – Todos temos falhas. Isso não invalida que sejamos boas pessoas. Maus momentos. As pessoas sempre perfeitas e “de bem com a vida”… Nããã…

6 – Tudo se vai resolver, ficar bem – até pode nem ser verdade, mas bolas, esta característica muito lusa “is what keep us going”.

7 – Relaxa – perceber que nem tudo de mau que nos acontece será mau a longo prazo. Dói… a sério, por vezes, visceralmente. Mas há sempre um outro lado, outro caminho, e se souberes e quiseres ter o trabalho de o seguir, vais crescer.

8 – Não queremos todos o mesmo – alguns têm uma check-list de fórmula perfeita para a felicidade, outros andam ao sabor do vento. Não interessa. Não interessa o que faz sentido e bem estar a cada um, interessa é que faça sentido para essa pessoa. Tenta não julgar. E sim… tenta aceitar.

* Este post retrata um momento de catarse. Não se pretendem grandes profundidades intelectuais ou espirituais. Só mesmo a exteriorização de constatações da idade adulta. Aquele dia em que percebemos que somos nós. Só nós. Que temos amigos de quem dizemos “Já nos conhecemos para lá de 20 anos”. Que olhamos para fotografias antigas, e revendo-nos nelas, percebemos que já não estamos iguais. Já não temos aquela cara, aquele corpo, aquele ar jovem e cheio de certeza que tudo é inconsequente.

Por aqui me fico. Bom ano a todos. 2013 vai ser bom.

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